quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Seven seconds...


And when a child is born into this world
It has no concept
Of the tone the skin it's living in
And there's a million voices
And there's a million voices
To tell you what she should be thinking
So you better sober up for just a second



Adoro esta canção! Sete segundos...
Adoro a conjugação da melodia com a letra e a mensagem que tem inerente.
Efetivamente, quando uma criança vem ao mundo. é uma tábua rasa no que se refere a conceitos, preconceitos, estigmas e tudo o mais que existe na sociedade.
Deveríamos todos parar por um segundo e perceber que uma criança não tem noção da "cor" da sua pele. E nesta metáfora, para além da raça, inclui-se a religião, a orientação sexual, o estrato social e todas as classificações que a sociedade foi criando para o Homem. Mas já não basta parar para refletir. Devemos consciencializar!
Por isso digo: o Homem está doente!
O Homem segue a manada e, a característica que o distingue dos outros animais, a consciencialização, o despertar para o diferente, para a evolução, foi-se esbatendo. Ou então, encetando caminhos mais obscuros e objetivos destruidores!
Digo-vos, que agora, todas as vezes que olho para o mundo, dói-me o coração!
Não consigo perceber a razão de tanto ódio, de tanto preconceito, de tanta destruição, de tanta maldade! Não consigo entender porque temos de nos matar uns aos outros. O que se ganha com isso? Não morremos todos? Não desaparecemos da face da terra ? Todos nos transformamos em pó. Todos, sem exceção.
Não sei se vos acontece o mesmo, mas sempre vi a sociedade como um "organismo vivo" (sempre tive esta noção, mesmo antes de ter a minha licenciatura em ciências sociais). Como ser que é, a sociedade evolui, desenvolve-se à medida que obtém mais conhecimento. Nesta minha convicção, achava que a sociedade só poderia evoluir para o bem, para a aceitação do não convencional, para um estado zen. Seria um ser consciente que iria corrigindo pacificamente os erros inerentes à sua evolução, à sua consciencialização.
Meus amigos, ideologias de adolescente... em que acreditamos que conseguimos mudar o Mundo ... Mas o Mundo não é assim!
No entanto, não perdi a fé na raça humana. Creio mesmo que a própria natureza se encarregará de arrancar as "ervas daninhas", mesmo que pelo meio sacrifique algumas "flores"!
Quero, com todas as forças, acreditar nesta convicção! Aliás, só posso, pois penso no mundo que os meus filhos estão a herdar e não consigo conceber que seja um mundo onde a destruição, o ódio, a dor prevaleçam sobre o amor, a paz e a harmonia.
Sei que o Homem está doente, mas que é possível curá-lo! De que forma? Não sei... Mas sei que o caminho passa pela consciencialização!
Sei que não será no meu tempo, nem dos meus filhos e talvez também não seja no dos filhos dos meus filhos .... Mas terá que ser.... Quero acreditar que será assim!
E por aqui me fico!
Fiquem bem!




4 comentários:

  1. Querida Serena partilho da sua preocupação quanto ao presente e futuro ....mas também da sua esperança-
    Bjs
    Maria

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  2. Maria, temos que ter esperança, pois também temos que a transmitir aos nossos filhos. É nesta esperança, de dias melhores, que vamos construindo a vida. Beijinhos Serena

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  3. Neste momento, apenas posso compactuar com a realidade do homem, hoje.. Doente!! Não consigo entender o porquê de tanto ódio. Como também me preocupa o amanhã, não para mim mas, para os meus filhos e para os filhos dos meus filhos.. os meus netos, que ainda não os tenho. Como eu adorava mudar o mundo. E como eu adorava ter respostas para como o fazer sem que o ódio se intrometesse. Hoje, agora, só tenho uma maneira.. ACREDITAR!! bj...nho, Serena!

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  4. Efectivamente, só existe uma maneira, amigo Sérgio, acreditar que o amanhã será melhor! Beijinhos Serena

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